Ser adolescente hoje em dia significa ter perfis em diversas redes sociais. Normalmente, são usuários bastante ativos, condição favorecida pelos modernos smartphones e tablets. Mas é preciso que a família guie o comportamento do adolescente neste mundo digital que, muitas vezes parece inofensivo, mas esconde alguns perigos.
Estabeleça uma idade mínima para o uso
O diálogo é o primeiro passo para estabelecer limites no uso das redes sociais. Apesar de algumas crianças parecerem bastante maduras, os pais precisam ter um critério de idade para liberar o uso de redes sociais.
Facebook, Twitter e Instagram adotam a idade mínima de 13 anos para que o adolescente consiga criar uma conta. Já o Whatsapp, 16. Mas, nem sempre, as pessoas conhecem as regras e buscam formas de burlar a limitação, que exige uma reflexão.
Será que um adolescente de 12 anos, por exemplo, precisa ter um perfil no Facebook? Será que ele tem maturidade para lidar com questões que possam surgir naquele ambiente, como o bullying virtual? Será que ele terá senso de responsabilidade de comunicar os pais quando algum estranho fizer perguntas pessoais? Tudo isso tem que despertar uma autocrítica na família.
É dever dos pais priorizar a segurança física e emocional dos filhos, independente do receio de criar um confronto de ideias em casa.
Liberou? Combine regras para o uso saudável das redes sociais
Após essa reflexão, você sentiu que o seu filho está pronto para estar nas redes sociais? É hora de combinar regras e limites para o uso. Adolescentes precisam saber que existe um tempo máximo durante a semana de uso (ou dias especificos, conforme a rotina de cada família) e que haverá consequências se o acordo não for cumprido.
Outra forma de monitorar é colocar o computador em uma área de uso comum da família, evitando que o aparelho fique no quarto do adolescente. Delimitar o uso em épocas de avaliações na escola também é uma saída para que o estudante entenda que há responsabilidades que vêm antes do lazer.
Monitoramento
Por mais que haja confiança, os pais devem ficar atentos ao conteúdo acessado. Nas redes sociais, por exemplo, os “amigos” do seu filho devem ser realmente pessoas do seu convívio. Pergunte quem é, de onde conhece e qual é a relação atualmente deles.
Dependendo da idade do adolescente, uma boa ideia é instalar programas de firewall para bloquear sites e conteúdo inapropriados.
Não deixe que as redes sociais substituem outras atividades
Quando o adolescente não quer ir à praia, ao cinema, sair com amigos ou ir em uma festa de família só para ficar online, acenda um alerta. Outros sintomas do uso abusivo de redes sociais é pular refeições, ganho ou perda de peso sem motivo e queda no rendimento escolar.
Para evitar que se chegue a esse ponto, evite facilitar o acesso das redes em smartphones. Muitas famílias incluem os filhos em planos de telefonia, com internet ilimitada. Talvez essa não seja uma boa ideia, já que ter um limite de dados também ajuda a limitar o uso abusivo.
Converse
Alguns perigos da internet não são óbvios para os adolescentes. Por isso, converse e oriente seus filhos sobre:
- Encontros marcados, que podem esconder grandes riscos;
- Não acreditar em tudo o que as pessoas falarem;
- Como agir em situação de cyberbullying;
- Como a publicidade no meio digital pode ser enganosa;
- Não entrar em grupos sem o consentimento dos pais;
- Não compartilhar dados próprios ou dos familiares;
- Não compartilhar fotos com estranhos.
Manter um canal aberto de diálogo é a melhor forma de orientar o adolescente nesse mundo digital. Afinal, não dá para prever, mas dá para estabelecer uma confiança mútua de que ele encontrará apoio na família se algo acontecer.