Ser pai e mãe também é sinônimo de enfrentar situações desafiadoras todos os dias. Recusa de escovar os dentes, comer a salada ou guardar os brinquedos, batendo ou gritando, querendo algo que os pais já falaram que não pode. Afinal, como lidar com essas situações sem perder a calma? Hoje vamos falar de comunicação não-violenta.
Entenda a comunicação não-violenta
A comunicação não-violenta é uma forma de se comunicar de forma pacífica e respeitosa, sendo usada por pessoas em diversas dinâmicas. Na relação entre pais e filhos, ela é uma das ferramentas da disciplina positiva, útil para entender as necessidades atrás de determinados comportamentos de crianças e adolescentes.
Por trás de todo comportamento existe uma necessidade
Mesmo quando a criança já sabe verbalizar o que deseja, o choro, a birra ou a agressividade, são formas que ela encontra de se expressar. O sentimento pode ser tão forte que ela não consegue verbalizar.
Cabe aos adultos ensinar a criança a lidar com isso. Primeiro é necessário se livrar de rótulos - como falar que a criança é difícil, mimada ou mal educada. Esse tipo de abordagem dificulta entender o que realmente importante.
Como lidar com as situações de conflito?
Outro passo importante é ajudar a criança a nomear o que ela está sentindo e validar esse sentimento, sem fazer pouco.
Os pais podem dizer que percebem que ela está com muita raiva ou que ficou muito triste e que que eles também se sentem assim em alguns momentos. Isso traz uma sensação de pertencimento à criança.
Também é importante evitar negar o sentimento, como dizendo que ela não pode chorar. Se ela não pode sentir tudo aquilo que está sentindo e ninguém ajuda ela a entender o que está acontecendo, o que ela faz com todo aquele sentimento? É assustador e faz aparecer outros sentimentos, como o medo.
Nesse cenário, os pais precisam conduzir, focar em soluções e dar opções para as crianças. Ao invés de pedir para ela parar de chorar, se perguntar como ajudar a criança nesse momento. É estar conectado e perceber o que funciona para ela.
Sempre que precisar estabelecer uma regra, ou conversar sobre um comportamento, seja firme e gentil. Abaixe para ficar na altura da criança, olhe nos seus olhos. Lembre que ela não está fazendo isso para te atacar, que vocês estão juntos nessa relação.
Utilizar a comunicação não-violenta não tem nada a ver com ser permissivo e deixar a criança fazer tudo o que ela quiser. E sim, colocar limites com equilíbrio, guiando, ensinando sobre sentimentos e incluindo a criança na procura de soluções.