Distúrbio ligado à dificuldade de aprendizado e desenvolvimento da fala e da escrita, a dislexia acomete até 17% de toda a população mundial. Mas é possível conviver com a condição com a devida orientação profissional e apoio da escola.
O que é a dislexia?
A dislexia é um transtorno de aprendizagem cuja origem é neurobiológica, causado por uma alteração cromossômica hereditária. Por isso é comum a ocorrência em pessoas da mesma família.
A principal característica é a dificuldade em organizar as letras, o que dificulta a leitura e compreensão das palavras, assim como a memória fonêmica. Explicando de forma leiga, é como se as letras ficassem embaralhadas.
Como identificar?
Na pré-escola, a criança apresenta dispersão e fraco desenvolvimento da atenção, com atraso na fala e na linguagem. Também é mais difícil aprender rimas e canções.
Já durante a idade escolar, a dislexia é caracterizada principalmente pela dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita. O aluno pode não conseguir até copiar informações de livros e da lousa. A habilidade motora fina, como desenhar ou pintar, também é afetada.
O professor pode identificar também confusão para nomear esquerda e direita, decorar a tabuada, compreender fórmulas de matemática, assim como utilizar mapas e dicionários.
Importante!
O distúrbio não tem relação com a inteligência, podendo se apresentar em pessoas com QI considerado alto, inclusive. Não é incomum que a dislexia - em seu grau leve - seja identificada somente na adolescência ou até na vida adulta.
Como é o tratamento?
A dislexia deve ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar, como pedagogos, fonoaudiólogos e psicólogos, com o objetivo de auxiliar as crianças e os adolescentes a lidar da melhor maneira possível com as dificuldades e evitar a criação de rótulos depreciativos.
Por isso, é importante que o aluno com dislexia encontre amparo, respeito e incentivo na escola. Com um senso de criatividade latente, o aluno pode encontrar mais estímulo em atividades com pintura, desenho e colagens.
Também é interessante fazer uso de outras expressões artísticas durante as aulas, com instrumentos musicais ou canções que podem auxiliar na fixação do aprendizado de maneira lúdica. Além disso, gincanas e atividades físicas podem incentivar o desenvolvimento das habilidades motoras