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História, acervo e incêndio: 200 anos de Museu Nacional


Na noite de 2 de setembro de 2018, um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional. Ao longo de 200 anos, desde a sua criação em 1818, ele foi referência em diversas áreas de conhecimento, como antropologia, geologia, botânica, mineralogia, entre outros.

História

Localizado no Palácio de São Cristóvão, no Parque Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, o Museu Nacional foi criado após um decreto de D. João VI, com o intuito de promover o desenvolvimento da arte e da ciência no país após a vinda da família real portuguesa para o Brasil.

No início, recebeu o nome de Museu Real e seu acervo se limitava a uma pequena coleção doada pelo próprio D. João VI, com peças de arte, gravuras, objetos de mineralogia, artefatos indígenas, animais empalhados e produtos naturais.

Nesse período, ficou instalado no Campo de Santana, na Praça da República. Foi somente em 1892 que mudou para o Palácio de São Cristóvão, local onde morou D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, o que trouxe um novo significado para a edificação. Entre os eventos marcantes da história presenciados no Museu Nacional, podemos destacar a assinatura do decreto de independência do Brasil por Maria Leopoldina (Imperatriz Consorte do Império do Brasil e primeira esposa de D. Pedro I), alguns dias antes de D. Pedro I dar o grito de independência às margens do Ipiranga.

Atualmente

Desde 1946, o Museu Nacional funcionou sob a tutela da Universidade Federal do Rio de Janeiro e possuía mais de 20 milhões de peças em seu acervo.

Incêndio

Poucos dias antes da comemoração da Independência, em 2 de setembro de 2018, um incêndio de grandes proporções destruiu boa parte do acervo acumulado em 200 anos de Museu Nacional. Ainda não se sabe se o incêndio foi acidental ou criminoso, mas sabe-se que a manutenção do prédio estava precária.

Uma das peças que resistiu foi o Bendegó, maior meteorito encontrado no Brasil (foi achado na Bahia, no século XVIII). Confira mais alguns itens históricos que faziam parte do acervo do Museu Nacional: - A maior coleção de egiptologia da América Latina, o que incluía sarcófagos e corpos mumificados;

- Afrescos de Pompeia, a cidade romana que foi destruída por uma erupção vulcânica em 79 d.C.;

- Uma coleção de mais de 140 mil moedas, uma das maiores coleções do continente;

- O esqueleto humano mais antigo do Brasil, com idade de 12 mil anos aproximadamente. Foi apelidado de “Luzia”;

- Diversos fósseis de dinossauros e de animais que formaram a megafauna brasileira;

- Diversas espécies de animais taxidermizados (animais empalhados);

- Itens oriundos de diferentes povos da África, como o trono do rei de Daomé (atual Benim), um artigo doado a D. João VI em 1811;

- Itens da cultura japonesa, como couraças usadas por samurais;

- Itens relativos aos povos indígenas do Brasil e aos povos pré-colombianos de outros locais da América Latina;

- Parte do mobiliário utilizado pela família real brasileira durante o período monárquico;

- Documentação extensa acumulada de anos da história brasileira.

Fonte: SILVA, Daniel Neves."História do Museu Nacional"; Brasil Escola.

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