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4 distúrbios alimentares que podem surgir na infância


Uma pesquisa realizada em 2013 pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 12,5% dos adolescentes, num universo de 1167 estudantes de escolas de São Paulo, apresentavam algum tipo de comportamento de risco que poderia se transformar num transtorno alimentar.

Alguns anos depois, essa pesquisa poderia ter uma amostra ainda maior, já que a preocupação com o peso e a autoimagem é crescente em uma sociedade marcada por padrões inalcançáveis de beleza. O uso das redes sociais e admiração por digital influencers também adicionaram um fator complicador nesta questão.

Quais são os distúrbios mais comuns na infância e adolescência?

Seletividade

Um padrão comum e que começa ainda quando são bebês é a seletividade. Muitas vezes, por falta de variedade na sua rotina alimentar, a criança acaba elegendo um grupo alimentar - como carboidratos, por exemplo - e negam qualquer alimento de outros grupos.

É importante estar atento a isso e evitar que a criança exclua totalmente um grupo alimentar, como legumes, verduras ou frutas. Afinal, com uma restrição ampla, a seletividade pode prejudicar o crescimento e o desenvolvimento mental, primordiais nesta fase.

Bulimia

A bulimia é uma doença essencialmente nervosa e é desencadeada pela compulsão alimentar. A ingestão de uma grande quantidade de comida num curto intervalo é seguido por vômito ou uso de laxantes. Também há casos que a pessoa compensa com jejum ou prática excessiva de exercícios.

Pode aparecer em crianças, por volta dos 10 a 12 anos, e permanecer até a fase adulta sem que as pessoas do convívio percebam. O risco é desenvolver ossos e dentes frágeis, vasos sanguíneos dilatados e problemas

digestivos.

Anorexia

Na anorexia, o emagrecimento é notável, junto com um medo exagerado de engordar. A pessoa induz o vômito, usa laxantes e passa por períodos de jejum prolongado. As consequências são anemia, perda de massa óssea, suspensão da menstruação nas meninas e pode levar a óbito. Pode aparecer em crianças a partir dos 7 anos, mas seus picos de incidência são entre os adolescentes de 14 e 15 anos.

Transtorno de compulsão alimentar periódica

Outro transtorno pouco falado e também caracterizado pela compulsão alimentar num curso período de tempo. Não há indução de vômito ou uso de laxantes, mas a pessoa entra num preocupante quadro depressivo, associado à obesidade e doenças, como diabetes e hipertensão. É mais comum em adultos, mas pode surgir na adolescência.

Fique atento aos sinais!

Muitas vezes, os transtornos alimentares apresentam sinais difíceis para os pais identificarem. Mas há um conjunto de comportamentos que devem acender um sinal de alerta:

  • Emagrecimento extremo;

  • Perda de apetite;

  • Cuidado excessivo com a alimentação;

  • Sempre arrumar desculpa para não almoçar ou jantar;

  • Fazer longos períodos de jejum;

  • Procurar comer sozinho para não ser controlado pelos pais;

  • Monotonia alimentar, ou seja, sempre ingerir o mesmo tipo de comida.

  • Isolamento em casa e na escola;

  • Alterações de humor e agressividade;

  • Excesso de exercício físico;

  • Atitudes exageradamente críticas com relação à imagem;

  • Idas frequentes ao banheiro durante ou após as refeições, o que pode acusar o uso de laxantes ou indução de vômito;

  • Crises de compulsão alimentar em períodos de estresse, como antes de uma prova.

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